O Rio Grande do Sul declarou emergência em saúde pública devido à circulação do vírus da febre amarela no estado. O anúncio foi feito hoje (29) pela secretária da Saúde, Arita Bergmann, durante reunião virtual, ao assinar a Portaria 341/2021
A secretária anunciou também a criação do Centro de Operações em Emergência (COE) de Arboviroses, que conta com a participação de representantes da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). As arboviroses são doenças transmitidas por mosquitos infectados, como febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus.
De acordo com o governo do estado, o último Informativo Epidemiológico de Arboviroses, referente ao período de 18 a 24 de abril, contabilizou 23 municípios com circulação do vírus. “Este grupo, considerado área vermelha, é formado por municípios onde foram encontrados primatas mortos, contaminados por mosquitos de áreas silvestres que transmitem o vírus da doença”, informou em nota o governo do estado.
Outros 72 municípios situados no entorno estão classificados como de área amarela, com riscos de também virem a ter circulação do vírus. “Até agora, a doença não foi detectada em humanos”, esclarece a nota.
O Rio Grande do Sul não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009. Em janeiro de 2021, foi confirmado o caso de um bugio morto no município de Pinhal da Serra, próximo à divisa com Santa Catarina.
A chefe da divisão de Vigilância Epidemiológica, Tani Ranieri, ressaltou em nota que a estratégia de vacinação contra a febre amarela deve ser intensificada imediatamente para elevar as coberturas em áreas vermelhas e amarelas,
O Informativo Epidemiológico de Arboviroses de 18 a 24 de abril registra 3.014 casos confirmados de dengue no Estado, sendo 2.923 casos autóctones e cinco óbitos, sendo dois em Santa Cruz, dois em Erechim e um em Bom Retiro do Sul. Já de chikungunya constam 67 casos em São Nicolau. Ijuí e Bento Gonçalves registram um caso cada.