Depois de um tempo sem abordar a inteligência artificial, aqui vão três novidades, mas com um detalhe dramático: a mais assustadora delas vem por último.
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Como já faz algum tempo que não trago nenhuma novidade de inteligência artificial aos meus leitores, hoje vou atualizá-los sobre o que de mais interessante tem acontecido no setor.
Aqui vão três novidades, com um detalhe dramático: a mais assustadora por último.
Geração de imagens foi o primeiro uso de inteligência artificial a mostrar ao público geral o potencial dessa nova tecnologia.
Modelos como DALL-E (da OpenAI, criadora do ChatGPT), Midjourney e vários outros nos tornaram capazes de transformar nossas palavras em arte.
Se você nunca testou um modelo desses, aqui está o link para conhecer o Midjourney quando terminar essa leitura.
Hoje, softwares líderes no segmento artístico — como os da Adobe — incorporaram totalmente essa tecnologia aos seus produtos e já mudaram significativamente a maneira como os designers trabalham.
Quando uma tecnologia torna-se commoditizada tão rapidamente, tendemos a ver atributos subjetivos (como poder de marca) se sobressaírem em relação aos aspectos mais técnicos.
E quem possui uma marca mais forte no segmento de AI do que a OpenAI, com seu ChatGPT?
Alavancado na força da marca, a OpenAI integrou o DALL-E (seu modelo de imagens) ao ChatGPT e os resultados parecem assustadores (no bom sentido).
Por enquanto, a funcionalidade ainda não está disponível no Brasil (aliás, essa demora em termos as ferramentas disponíveis por aqui tem sido estranhamente longa).
Nesse vídeo é possível ver o ChatGPT em ação criando imagens.
A Alexa é um dos produtos de tecnologia mais frustrantes com os quais já interagi.
Lá em casa, ela tem basicamente três usos:
A interface simples da Alexa esbarra na falta de usos de caso: a Amazon não foi capaz de criar um ecossistema complexo de desenvolvedores trabalhando para desenvolver aplicativos para a Alexa, mesmo ela sendo um sucesso comercial absoluto em termos de vendas.
De acordo com a The Verge, a Amazon está trabalhando numa versão turbinada da Alexa, com modelos de linguagem embutidos.
A visão é simples: imagine interagir com o ChatGPT, porém conversando literalmente usando a sua voz, sem a necessidade de transcrever por escrito seus pensamentos.
É bem fácil se ver imaginando quantos novos usos a Alexa poderia ter se fosse turbinada com modelos como esse.
Uma semana depois dessa notícia, a Amazon anunciou um investimento de US$ 4 bilhões na Anthropic, a principal concorrente da OpenAI.
As coisas estão esquentando e em breve deveremos ter uma segunda onda de grandes inovações de AI chegando ao mercado.