O retorno às aulas presenciais tem ocorrido gradualmente, em especial com o início da vacinação de professores contra a Covid-19 em alguns estados. Para orientar o retorno seguro nos colégios, o Ministério da Educação tem um guia com orientações sobre o desenvolvimento das atividades educativas e administrativas com o menor risco possível para a comunidade escolar.
O Guia de Implementação de Protocolos de Retorno das Atividades Presenciais nas Escolas de Educação Básica traz orientações para todos da escola, gestores, estudantes, equipes de limpeza, de acordo com as normas técnicas de segurança em saúde para evitar a transmissão da Covid-19. O material tem também recomendações específicas para o retorno dos alunos com algum tipo de deficiência, alunos da educação infantil, indígenas e quilombolas.
“O guia foi feito a partir de uma análise das orientações tanto internacionais quanto de normativos e guias nacionais”, explicou o secretário de Educação Básica, do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo.
“É um guia bastante exaustivo no sentido de que pega as diversas etapas da Educação Básica. Trata de medidas de caráter geral na escola nos diversos ambientes, das salas de aula, dos corredores, recreio, biblioteca. Há orientações sobre o transporte escolar, chegada e saída da escola, caso algum estudante manifeste sintoma que possa ser suspeita de Covid-19, ou o profissional de educação, que tipo de procedimento é seguro nesse caso”, detalha o secretário.
O guia tem orientações pedagógicas e sobre o que deve ser observado antes da decisão de retorno presencial das aulas. Entre elas, como avaliar as condições de estrutura da escola e definir como será o processo de alimentação dos estudantes, se dentro das salas ou em cantina.
Uma das orientações é que as escolas com espaço ou recursos limitados podem, por exemplo, optar pela modalidade escalonada em que diferentes turmas começam e terminam a aula em momentos diferentes para evitar aglomerações.
A publicação também trata de medidas de higiene a serem adotadas, de desinfecção de ambientes, distanciamento entre alunos em sala de aula, uso do transporte escolar, da biblioteca, de equipamentos de proteção individual e coletiva e ventilação de ambientes.
Entre essas medidas estão a recomendação de manter portas e janelas abertas sempre que possível, evitar o uso de bebedouros coletivos orientando os estudantes a levarem garrafas, suspender o uso de armários compartilhados e estabelecer um cronograma de higienização das mãos.
As medidas gerais para professores, alunos e profissionais trazem atenções e cuidados com a saúde de todos:
1. Usar máscara, obrigatoriamente;
2. Cobrir nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos, nos casos de tosse e espirros;
3. Lavar frequentemente as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou higienizar com álcool em gel 70%;
4. Não cumprimentar com aperto de mãos, beijos e abraços;
5. Respeitar o distanciamento de pelo menos 1 metro;
6. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres, nem materiais didáticos, brinquedos ou jogos;
7. Priorizar, sempre que possível, refeições empratadas em vez do autosserviço; no caso de refeitórios que possuem balcão de serviço, do tipo bufê, com serviço feito por funcionário, é recomendável a instalação de barreira física que impeça a contaminação dos alimentos e utensílios por gotículas de saliva; e
8. Não compartilhar celulares, assim como evitar o uso em ambientes sociais, cuidando de higienizar frequentemente os aparelhos.
No caso dos alunos com deficiência, uma das orientações é a adoção de máscaras transparentes pelos profissionais que interagem com eles para que possam fazer a leitura labial. Outro item é dispensar o uso de máscara por indivíduos com problemas respiratórios ou incapazes de removê-la sem assistência.
Acesse a cartilha específica com orientações para volta às aulas de estudantes surdos