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Ford Ranger passa por novo recall; entenda

Notícias - 22, março, 2023

Imagine ter que fazer o recall de quase 100 mil unidades porque uma peça do recall anterior foi instalada errada? Essa história sem fim está acontecendo com a Ford, que terá que substituir um componente dos airbags de 98.550 unidades da Ford Ranger.

O pior disso é que a culpa nem é da fabricante, mas sim dos funcionários das concessionárias terceirizadas que fizeram a instalação incorreta dos infladores do airbag. Como não é possível saber se todos foram instalados incorretamente, a marca promoveu um novo mega recall.

As inspeções começam em 27 de março e não afetam as Ford Ranger vendidas no Brasil. 

O recall é para os modelos fabricados entre 2004 a 2006 para os airbags de passageiros Takata defeituosos, que podem ter sido instalados incorretamente. Em uma possível colisão, o dispositivo pode não proteger os ocupantes.

Segundo o comunicado, os proprietários devem se dirigir a uma unidade Ford ou Lincoln para fazer a inspeção e troca, se for necessário.

Os detalhes

Veículos recolhidos: Picapes Ford Ranger 2004-2006 cujos infladores de airbag foram substituídos no recall anterior.

O problema: os técnicos podem ter instalado o inflador do airbag incorretamente. Caso seja acionado, poderá ferir os ocupantes do veículo.

A correção: as concessionárias Ford e Lincoln farão a inspeção e podem substituir gratuitamente os infladores instalados incorretamente.

Tudo foi descoberto por meio de investigações internas. As apurações mostraram que muitos dos funcionários não entenderam como o sistema funcionam. Além disso, outros sequer leram o manual de instruções para a instalação dos componentes.

A boa notícia é que nem todos os veículos passarão por trocas, caso a inspeção determine que houve a correta instalação.

A Ford no Brasil

No Brasil a empresa vai bem, obrigado. Apesar de reduzir o emplacamento em 82% em 2022, a Ford conseguiu colocar em prática parte de seus objetivos. Retirou do mercado os modelos nacionais e passou a importar veículos com maior lucratividade.

Ano passado, foram apenas 20,5 mil unidades, uma queda de 44,8% em relação a 2021. Apesar disso, houve uma troca de volume de vendas por lucro, uma vez que houve um sensível aumento no tíquete médio.