A produção científica mundial cresceu 6,1% em 2022 em comparação ao ano anterior. Apesar do saldo global positivo, 23 países tiveram queda no número de artigos científicos publicados no ano passado em relação a 2021. Entre eles, o Brasil, que registrou uma queda de 7,4% na publicação de artigos científicos no período. O país vinha crescendo sua produção de artigos anualmente desde 1996 quando os dados começaram a ser contabilizados.
O relatório é da editora de periódicos científicos Elsevier em parceria com a Agência de Notícias Bori.
A contagem é realizada a partir da listagem de mais de 10 mil artigos científicos publicados em 2022, por 51 países. Brasil e Ucrânia tiveram a maior perda de produção científica entre os países analisados.
Segundo o relatório, no Brasil, foram consideradas as instituições de pesquisa do país com mais de mil artigos científicos publicados em 2021 para o comparativo com 2022. Nesse recorte, 35 unidades de ensino foram analisadas, e apenas a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, não sofreu redução importante na produção científica em 2022.
Pelo volume da produção acadêmica publicada ano a ano, e mesmo não sendo unidades de ensino superior, também fazem parte da lista entidades brasileiras, como a Embrapa, que é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; e a Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz.
A análise mostra ainda que alguns setores da ciência brasileira sofreram um percentual de queda na publicação de artigos científicos ainda maior que a média geral brasileira. É o caso das Ciências Agrárias, que teve um decréscimo de 13,7%.
Em cenário oposto, a China, os Estados Unidos e a Índia foram os países com maior número de publicações científicas no mundo, respectivamente.