As relações entre o Brasil e outras nações foram reforçadas pelo governo brasileiro em 2021 com a participação do Presidente Jair Bolsonaro em eventos internacionais e visitas a países. Em cúpulas, assembleia e reuniões bilaterais, ele falou a líderes mundiais sobre temas como o combate à Covid-19, preservação ambiental e a retomada da economia brasileira.
Em setembro, o Presidente Jair Bolsonaro fez o discurso de abertura da 76ª sessão na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Tradicionalmente, cabe ao Brasil abrir o evento e o discurso teve entre os temas as ações do governo na área de infraestrutura e preservação da Amazônia.
Na área ambiental, o Presidente Jair Bolsonaro disse aos presentes que o governo brasileiro antecipou, de 2060 para 2050, o objetivo de alcançar a neutralidade climática. E destacou o combate ao desmatamento ilegal. “Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal”, disse.
Ainda destacou que 84% da floresta Amazônica está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. “Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental”, ressaltou.
O Presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil tem o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história e vive novos tempos com bom desempenho na economia e credibilidade externa. “Temos tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo”, relatou.
Em razão da Covid-19, algumas reuniões ocorreram de forma virtual, como a 13ª Reunião de Cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em setembro. O ano de 2021 marca os 15 anos do bloco e os 10 anos de trajetória comercial.
O tema desta edição se desdobrou em três pilares de cooperação: política e segurança; econômico e financeiro; cultural e de pessoa para pessoa. Na fala inicial de sua participação na reunião virtual do Brics, o Presidente Jair Bolsonaro destacou as relações do Brasil com cada um dos países integrantes do bloco.
Outro evento importante no cenário mundial foi a cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias mundiais. O encontro ocorreu no final de outubro, em Roma, na Itália.
Ao discursar na reunião plenária sobre economia e saúde da 16ª Cúpula do G20, o Presidente destacou que o Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis.
“Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada”, afirmou.
Nos Emirados Árabes Unidos, em novembro, o presidente brasileiro reforçou as relações bilaterais e houve assinatura de acordos de memorandos de entendimento em áreas como educação e pesquisa. Participou da cerimônia de abertura do Fórum de Investimentos Brasil-Emirados, que demonstrou o desejo dos líderes empresariais dos dois países em estreitar o relacionamento econômico bilateral. Também participou da cerimônia de inauguração da embaixada do Brasil em Manama, capital do Reino do Bahrein.
O Presidente Jair Bolsonaro visitou a Expo 2020 Dubai, uma das feiras mundiais mais importantes sobre negócios e tecnologia onde havia um pavilhão do Brasil.
No comandou da 59ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em dezembro, por videoconferência, o Presidente Jair Bolsonaro fez um balanço da atuação do Brasil na presidência pro tempore do bloco, exercida nos últimos seis meses.
Aos chefes de Estado, Jair Bolsonaro destacou a importância do bloco econômico que é formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e países associados.
“O Mercosul deve ser um instrumento de promoção da prosperidade e liberdade dos nossos povos. Deve ser capaz de inserir nossos países na economia mundial e ampliar a integração de nossas economias na cadeia globais de geração de riqueza”, disse.
E fez um balanço de ações do Brasil no período em que esteve na presidência do bloco citando, por exemplo, os esforços para a rápida conclusão das pendências técnicas dos acordos com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio de modo a avançar rapidamente rumo à assinatura de acordos.
“Apesar dos percalços trazidos pela crise sanitária, mantivemos ativas todas as nossas frentes de negociações externas com parceiros extrarregionais”, afirmou.
No cenário internacional, o Brasil também atuou na ajuda humanitária ao Haiti, que sofreu com as consequências de um terremoto ocorrido em agosto deixando mortos, desabrigados e feridos. Durante 21 dias, uma missão enviado pelo Governo Federal ao Haiti atuou na assistência à população e na avaliação e demolição de construções que ofereciam riscos aos haitianos.
A bordo do KC-390, da Força Aérea Brasileira, foram enviados medicamentos, equipamentos médicos, purificadores de água e alimentos. Bombeiros brasileiros foram ao país.
Mandatários de outros países também vieram ao Brasil reforçar os laços de cooperação. No final de julho, o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, fez uma visita oficial ao Brasil. Os dois países têm forte cooperação na área educacional.
“Há 46 anos temos relações com Cabo Verde, país que estrategicamente é porta de entrada para a África Ocidental. Entre os acordos, temos o naval, temos o cultural, onde mais dois mil cabo-verdianos já estudaram em nosso país e estamos ultimando o acordo de mobilidade onde facilitará o trânsito dos nossos povos nesses países irmãos”, disse o Presidente Jair Bolsonaro.
Em agosto, foi a vez do presidente de Guiné-Bissau, general Umaro Sissoco Embaló. No Palácio do Planalto, os dois mandatários se reuniram e trataram de temas como agricultura, saúde e defesa. “Nós temos muito a colaborar com a Guiné-Bissau, eles também, no tocante à segurança do Atlântico Sul”, observou o presidente brasileiro.
Em outubro, o presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, esteve no Brasil para estreitar os laços entre as duas nações. Ele e o Presidente Jair Bolsonaro assinaram acordos bilaterais e memorando de entendimento. E discutiram temas relacionados ao comércio e segurança. A Colômbia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na América Latina.
Também foram tratadas questões relativas à cooperação fronteiriça, ciência, tecnologia, agricultura e saúde. “Trocamos informações bem como interesse mútuos que nos preocupam e também que pode levar a um melhor desenvolvimento de nossos países”, disse Jair Bolsonaro.